Sunday, May 6, 2007

A náusea continua...

Há muito que não escrevo, porque o tempo tem sido curto. Por isso, vou voltar um pouco atrás no tempo: nas férias da Páscoa, como de costume, fui viajar (que é uma coisa que eu adoro, é quase uma dependência...).
O pior é o regresso! Passo a explicar: gosto muito de voltar à minha casa, mas não ao meu país. Cá está a náusea! Digam lá se o caso é para menos: saio daqui para Itália - Florença, a mais bela, Bolonha, Veneza, para longe de tudo o que é rotina e mal-estar. Estou uma semana, gloriosa, sem notícias da Pátria. E, logo que me sento no avião de volta e me dão o jornal, verifico que em Portugal nada se passou, porque o assunto de primeira página continua a ser se o primeiro-ministro é, ou não engenheiro!! Irra, que é demais. Eu quero lá saber da vida do senhor, se é ou deixa de ser. Até agora, não era precisa habilitação específica para o cargo. Será que passou a haver? Em que é que contribui para a felicidade de nós todos saber se o homem é, ou não, engenheiro? Estou-me nas tintas. E penso: se não têm mais nada por onde lhe pegar, é porque ele deve estar no bom caminho na governação da Pátria. Senão, a oposição já tinha largado o osso... Sou completamente insuspeita, não conheço o senhor senão da TV e dos jornais, nem sequer o acho simpático. Mas é teimoso, o que para mim é um bom indicador. Tem só que saber rodear-se de gente competente nas diversas áreas e tomar as decisões mais acertadas e as que são necessárias.
E que não passam, certamente, por os alunos absentistas serem obrigados a fazer exame no fim do ano lectivo, claro. Só mesmo o mais completo desconhecimento do "terreno" por parte de quem toma estas decisões é que pode explicá-las.
O aluno abandona a escola em finais do 1º período, desconhece em absoluto as matérias que foram leccionadas e vai, todo airoso, apresentar-se a exame no final do ano (Educação Musical incluída...) Para já, não vai tal. Em segundo lugar, os professores, a quem já se pede tão pouco, vão ter que elaborar as provas de exame, fazer calendários para as mesmas, designar professores vigilantes e, tudo isto, para quê? Provavelmente, para ocuparem os seus tempos livres, porque alunos, nem vê-los.
É mesmo só mais um desabafo...